15 de nov. de 2025

Entre o Discurso e a Prática: O Papel do Povo nas Políticas Públicas

 Muitas vezes, ao discutir política, as pessoas se fixam nos rótulos tradicionais de “esquerda” ou “direita”, como se escolher um lado resolvesse todos os problemas do país. Porém, o maior desafio não está necessariamente em adotar uma posição ideológica, mas na postura prática dos próprios cidadãos diante da sociedade.

No discurso do dia a dia, muitos criticam políticas públicas, reclamam do governo e da ineficiência do Estado, mas, na prática, acabam utilizando e dependendo desses mesmos mecanismos. São pessoas que, por um lado, defendem cortes de gastos ou menor intervenção estatal, mas, por outro, aproveitam benefícios como o financiamento da casa própria pelo Minha Casa Minha Vida, usufruem do sistema público de saúde (SUS), matriculam os filhos em escolas públicas, solicitam bolsas de estudo e tantos outros auxílios oferecidos pelo governo.

Esse comportamento contraditório revela um problema maior do que simplesmente ser “de direita” ou “de esquerda”: a falta de coerência e compreensão coletiva sobre o papel do Estado. Muitos querem o melhor dos dois mundos, benefícios públicos sem o custo ou sem reconhecer que dependem deles. Assim, a discussão política acaba esvaziada de conteúdo real e se transforma numa guerra de narrativas, enquanto questões fundamentais permanecem sem solução.

No fundo, a transformação política e institucional só será possível quando houver honestidade no debate público e autocrítica. É preciso reconhecer que todos, em maior ou menor grau, fazem parte do sistema, se beneficiam ou dependem dele em algum momento. A verdadeira mudança começa quando indivíduos entendem as próprias contradições e passam a cobrar soluções, não só dos governos, mas também de si mesmos como cidadãos. Dessa forma, o progresso deixa de ser apenas uma oposição entre “esquerda” e “direita” e passa a ser uma busca coletiva por coerência, responsabilidade e bem comum.

Rafael Alves - radioamador PP2RR
rasjti @ gmail.com
Jataí-Goiás 

7 de nov. de 2025

 A importância da tecnologia no radioamadorismo e o lugar do CW!

O radioamadorismo sempre foi um espaço de experimentação, aprendizado e comunicação. Ao longo das décadas, a tecnologia transformou profundamente a prática: dos primeiros transmissores valvulados aos transceptores digitais modernos, passando por antenas sofisticadas, softwares de processamento de sinais e modos digitais que permitem contatos eficientes mesmo em condições adversas. Essa evolução tecnológica ampliou o alcance, a versatilidade e a atratividade do hobby, atraindo pessoas com interesses variados, construção, contestes, DX, satélites e experimentação digital.

Dentro desse cenário, o CW ocupa um lugar histórico e importante: foi fundamental nos primórdios das comunicações e continua sendo uma modalidade eficiente, econômica em largura de banda e apreciada por muitos operadores. Porém, no meu ponto de vista, o CW é apenas uma entre várias formas de comunicação disponíveis aos radioamadores. Para alguns é paixão e arte; para outros, uma técnica interessante sem grande apelo; e para muitos, simplesmente algo que não desperta interesse.

Por isso, manter o CW como requisito obrigatório nos exames de habilitação atua como um filtro desnecessário que pode afastar novos praticantes. Exigir competência em Morse como “obstáculo” ignora que o avanço tecnológico trouxe alternativas igualmente válidas como os modos digitais, a fonia. Tornar o CW algo opcional, disponível para quem tiver interesse em aprendê-lo e mantê-lo vivo como parte da cultura radioamadora, parece uma postura mais equilibrada e inclusiva, mas a importância dos modos digitais, a evolução que ele causou nas comunicações, isso ninguém pode negar!.

Quando fiz meus exames de radioamador, também aprendi e pratiquei CW, fiz vários contatos e até acumulei muitos DXs nessa modalidade. Apesar disso, o CW nunca me cativou totalmente; foi ao entrar em contato com os modos digitais que realmente senti vontade de me aprofundar. Isso não diminui o valor do Morse, apenas mostra que cada operador tem motivações e preferências distintas. Do mesmo modo que o CW não é atraente para todos, os modos digitais e a fonia também não agradam a todos. O ponto é conviver com essa diversidade de gostos e permitir que cada um pratique o que mais lhe interessa.

Aceitar a realidade tecnológica não significa abandonar tradições: significa adaptar as exigências e o ensino para refletir as ferramentas e interesses atuais, preservando o CW como patrimônio e opção, mas sem forçar sua adoção. Dessa forma, no meu ponto de vista, o radioamadorismo segue sendo um espaço plural, aberto ao aprendizado técnico e à experimentação, capaz de atrair novas gerações sem perder o respeito pelas práticas históricas.

73 a todos 

Rafael ALVES - PP2RR
Jataí - Goiás

5 de mar. de 2025

QRZ 3IR343 - INTERNATIONAL RÁDIO DX GROUP - DIVISION BRASIL

 



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3IR343 - ALVES

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